09 junho 2005

das coisas de transição











De manhã curso no senac, e hoje, acordei cum sorriso aberto pro dia de céu azul e inversão térmica, cochilos no onibus, mas na aula tava disposta. assistimos vários 'pinguinhos' de filmes, e me abre os olhos pra pequenas coisas como; cortes, ligações de sequências... pode até ser besteira pra quem já conhece, mas pra mim é uma grandississima descoberta.
Fiquei o tempo todo pensando no material que a gente já tem, e no bucado de coisas que podemos inda gravar... nas transições...
Pra completar, o danado do prof. inda usou um trecho de cinema paradiso, prum exemplo...
quase ensaiei um choro de costume, aquele cinema queimado é minha usina.

07 junho 2005

canteiro de céu... nuvens e algodão

nuvens...
as nuvens são azuis?!
a flor da minha infancia
tão pequenina
pequenina flor menina nos canteiro da usina
onde eu corria, ria e brincava
de ''calcinha bunda rica''
sempre na saia da mãe
(que não usava calcinhas).

o povo depois da missa
passava cumprimentava:
- dona creonice! é seu menino?
pensavam qu'eu era menino,
pois tinha cabelos curtos e não tinha orelha furada.

calcada...
pernas pernas pés no chão
passavam...
e eu olhanva pras nuvens,
como toda criança do sertão
procurando chuva... d'água ou de tanajura

'' cai cai tanajura, que teu pai já morreu de gurdura,
tua mãe sou eu''...

enquanto nada caía...
(talvez caisse a tarde... )
eu brincava com as nuvens do canteiro.

entre sol e si

ô chuva cai devagar
pois saudades sinto
da chuva de meu lugar
e quando lembro de lá
dá vontade de estar lá

porque lá, quando chuvia
correndo pru mei da rua
festejá eu logo ia
saía doida no tempo
feito sibita no vento
batendo em todo portão
chamando a minha cambada
beber chuva esparramada
das janelas do sertão

''céu bunito pra chuver''
pro meu açude sangrar
e antes que o céu secasse
Deus parasse de chorar,
eu aguentava, enxarcada
batendo queixos de frio
sob as bicas jacarés
da casa paroquial
alí... do lado da usina
no tempo de eu minina
no dito: berço imortal
da poesia.

ovos de madeira

São paulo, meio frio e eu sem rumo, acabei durmindo na casa de minha prima terceira, na rua augusta. Daniela, o nome dela, uma paulistana mistura de italialinha do pai com egipcience da mãe que é prima de minha genitora... Dani tá fazendo uma oficina de moda, e os colegas da oficina convidaram para um passeio; ver no centro cultural do banco do brasil, uma exposição de arte, de um artista mineiro que mora no RJ, um tal de Farnese.
Iiniciava-se uma semana de dilúvio em são paulo, e o centro cultural, um prédio antigo, fez lembrar usina. A visita foi monitorada, uma lusitana naturalizada cá, mas inda com sutaque, que foi nos clareando na conversa. As obras me trouxeram uma coisa de passado, uma delas eram ovos de madeira, que eram usados para, remendar, refazer com agula e linha o tecido das meias 'granfinas' de outrora. Acho que tenho um pouco disso, essa coisa de querer colar em vez de jogar fora, reerguer as coisas boas da vida, cavar raízes mais fundas pra ver, revitalizar um passado bom... ultiliza-lo pra aprender o amanhã, e tão cheio em sua receita, sua essência, enriquecer o novo, dialogar.
O 'povo' lá de São José do Egito num tem conciência da impotância que tem essa danada dessa usina. mainha ligou e contou uma história recente; o secretário de 'obras' da cidade, comunicou que demoliriam o prédio pra que não caísse , - tenha civilidade, respeite o patrimonio hitórico de sua cidade!-disse mainha, que apesar dos pesares, inda mora e 'movimenta' o grande prédio.

marcolina

Mamãe véia Marcolina Kariri Xocó, Pipipã... do povo das Macambiras Avó véia, anciã avó da minha avó Rita Que resistiu nesse tempo Raiz da te...