07 junho 2005

entre sol e si

ô chuva cai devagar
pois saudades sinto
da chuva de meu lugar
e quando lembro de lá
dá vontade de estar lá

porque lá, quando chuvia
correndo pru mei da rua
festejá eu logo ia
saía doida no tempo
feito sibita no vento
batendo em todo portão
chamando a minha cambada
beber chuva esparramada
das janelas do sertão

''céu bunito pra chuver''
pro meu açude sangrar
e antes que o céu secasse
Deus parasse de chorar,
eu aguentava, enxarcada
batendo queixos de frio
sob as bicas jacarés
da casa paroquial
alí... do lado da usina
no tempo de eu minina
no dito: berço imortal
da poesia.

2 comentários:

Anaíra Mahin disse...

esse texto já existia há algun tempo, fiquei meio em dúvida de colocar, sou meio crítica, mas acho q fiz certo, é uma lembrança boa desse tempo bom, meio canção do exílio.

Anônimo disse...

Nossa, Nordeste maravilhoso, o que lá tem de tão especial? É a casa da poesia...aqui em São Paulo, a terra da saudade, só existem restos do romantismo que nunca foi dessa terra...

Adorei o seu blog...beijos

ah.."O pato esta na mesa, e quem esta no lago?" rsrs

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